Resumo:
Aborda produção de café e secundariamente questões que envolvem beneficiamento (torrefação e moagem) e comercialização (interna e externa). Após apresentação da região retratada, o capítulo segundo é dedicado à pré-história do café, particularmente aos indígenas que primitivamente ocuparam aquela região, e à chegada dos primeiros colonizadores brancos, que se deslocam da área mineradora em decadência para os sertões do rio Doce (ou sertões do leste). O terceiro capítulo aborda a chegada do café, que expandindo pelo vale do rio Paraíba do Sul vai, paulatinamente, ocupando a região sul e central da Zona da Mata mineira (vales dos rios Paraibuna, Preto e Pomba), até atingir as Matas de Minas, contando, inclusive, com a força de trabalho de imigrantes suíços, alemães e italianos. Em seguida, no quarto capítulo são analisadas as crises de superprodução do café e as intervenções governamentais feitas para sua defesa e valorização, entre 1906 e 1990, com a finalidade de evitar a queda dos preços do então maior produto de exportação brasileiro. O capítulo quinto trata da produção de café a partir de 1970, quando a chegada da praga da ferrugem provoca uma verdadeira reinvenção da cafeicultura, impulsionada pela execução de dois planos lançados pelo Instituto Brasileiro do Café: o Plano de Renovação e Revigoramento de Cafezais e o Plano de Pesquisa e Controle da Ferrugem do Cafeeiro, baseados no tripé pesquisa, assistência técnica e crédito rural. O sexto capítulo versa sobre a organização dos produtores, destacando o Conselho das Entidades do Café das Matas de Minas, e descreve os prêmios obtidos por cafeicultores da região, notadamente a partir do ano 2000. O sétimo e último capítulo expõe e analisa dados estatísticos da produção cafeeira da região entre 1990 e 2015, período no qual o café das Matas de Minas passa a ser reconhecido internacionalmente por sua qualidade.
Nota:
Termo de Cooperação celebrado entre o Estado de Minas Gerais, por intermédio da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento - SEAPA, a Fundação João Pinheiro - FJP e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais - SEBRAE-MG para embasar processos de Indicação Geográfica junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial.